Estamos a poucas horas do lançamento oficial de "Grand Theft Auto V" (infelizmente, para mim, só me vai chegar às mãos daqui a uns dias). As críticas começaram a sair hoje de tarde e correspondem mais ou menos ao que se esperava: já se diz que é um dos melhores jogos de sempre. Algo perfeitamente compreensível, a maior parte dos "Grand Theft" Auto sempre se enquadraram nessa categoria quando saíram. Sempre fui um jogador doente pela série, desde o primeiro e passando pelas versões para as consolas portáteis (o "Chinatown Wars" é dos meus favoritos, até). E o único problema da série "GTA" é que com o tempo vamos descobrindo que não são jogos tão perfeitos quanto imaginamos inicialmente: têm os seus problemas.
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Coito Interrompido #2
Excelente artigo. Relaciono-me com isto de certa forma e percebo que os finais dos jogos nem os spoilers são assim tão importantes nos jogos. Aliás, é uma indústria que, em parte, para ser consumida obriga-nos a conviver com spoilers: raramente há uma crítica que não "estrague" a experiência, seja por mostrar partes do jogo e criar expectativa para esses momentos ou por simplesmente dizer que há um twist. Por isso, creio que acabar um jogo é algo que deve ser relativizado. E se não sentimos o desejo da tal libertação, melhor. De outra forma é frustrante.
Tenho uma quantidade de jogos que nunca acabei - e que quero acabar -, tenho uma maior de jogos que deixei quase no final ou que já recomecei n vezes. Na maior parte dos casos não sinto como um desperdício, sinto que vivi grande parte da experiência e isso chega-me. Posso ou não voltar a eles. Ultimamente tenho-me tornado mais completista, simplesmente porque me apercebi que essa é a única forma de criar alguma rotina e jogar sem sentir que o meu tempo é desperdiçado. Deve ser da idade. Se há jogos que continuam a ser abandonados a meio? Sim, claro, ando há meses a tentar convencer-me que era porreiro dedicar-me a sério ao primeiro "Mass Effect".
ps: já agora, rara menção ao final do "Modern Warfare". Não sou o maior fã do modo single player dos "Call Of Duty", mas o primeiro "Modern Warfare" é realmente qualquer coisa. De vez em quando fecho os olhos e ainda me lembro da primeira vez em que joguei aquela missão lá para o final (na Rússia, salvo erro) em que começo a invasão e se a câmara estiver na posição certa assiste-se a um lançamento para o espaço. Parolice ou não, pela primeira vez parecia que estava dentro de um filme.
Coito Interrompido #1
A minha primeira consola foi uma Game Boy. Mas a primeira que liguei a uma televisão foi a Mega Drive. Daí saltei para a Playstation e mantive-me fiel à Sony até hoje. Ou seja, ignorei quase sempre a Nintendo (jogava em casa de amigos e isso), basicamente por uma questão de preço. Ultimamente ando a preencher essa lacuna, que foi mais ou menos compensada nos últimos dez a quinze anos com jogos em emuladores. As consolas virtuais, reedições e a segunda mão permitem viajarmos ao passado sem grande custo. E isso sabe bem. Tal como muitos, descobri os JRPGs através do "Final Fantasy VII".
Interessei-me pelo género mas sempre foi mais entusiasmo do que realmente envolver-me à volta do dele: falta de tempo e aquele lado Fedex desses jogos por vezes cansam-me. No final dos 1990s descobri algumas pérolas da SNES através dos emuladores, fonte essencial para desfrutar alguns jogos e para jogá-los sem a pressão do tempo, porque os saves automáticos são uma preciosidade. Mas também foram a minha cruz: já tive diversos azares com eles e por causa disso nunca consegui acabar dois jogos que adorei jogar, "Final Fantasy VI" e "Chrono Trigger" (até cometi o sacrilégio de acabar o "Chrono Cross" primeiro).
O problema foi sempre o mesmo, ficheiros corruptos que estragavam o meu save file (pelo lado prático, raramente gravava no jogo, ia sempre pelo caminho do programa de emulação). Uma vez na última batalha da versão do final que escolhi do "Chrono Trigger", outra lá perto; no "Final Fantasy VI" já muito avançado.
Tenho os dois ali à minha espera há algum tempo. O "FF VI" para a PSP, que já comecei e fiz as duas primeiras horas vezes sem conta, mas por inúmeras razões nunca dei continuidade; e o "Chrono Trigger" para a DS. Tenho medo que as consolas rebentem nas minhas mãos.